A NOSSA
NOITE DE FADOS ...
Quando p’rá rua saí, encontrei a madrugada,
Deambulando pela noite, sem ter nada p’ra fazer,
Mas quando me viu, correu p’ra mim, com ar de desajeitada,
Parecendo-me não saber lá muito bem, o que depois me dizer.
E como eu estava sozinho... apenas passeando,
Também corri, de braços abertos, para logo a receber,
E depois dos beijinhos e abraços, devagar fomos andando,
Mas entretanto falando... para ver o que iríamos fazer.
E como não tínhamos ninguém já esperando,
Partimos logo, noite adentro, para nela passear,
E foi quando, a minha amiga, tratou de me ir desafiando,
Para eu, os meus tristes poemas, pedir a alguém para cantar.
E eu, não tendo nada a perder, logo na primeira tasca entrei,
Pedindo à jovem fadista, para os meus poemas entoar...
E quando numa guitarra peguei… e também a dedilhei,
Sentimos que a nossa noite, ainda agora, ela iria começar.
(J. Carlos – Junho 2011)
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