Rafael Merida Cruz-Lascano

Al Poeta que llora.

 

 sextina real, A: María Iraci Lea

Poeta Brasileira

 

El llanto del poeta es nuevo verso

Cada página velo delicado

y nosotros seremos su universo,

la soledad lo tiene aprisionado

Mari Iraci Leal le entona un canto

Para que con su arrullo alivie el llanto.

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Protugues:

Choro poeta.

O grito do poeta de novo verso
Cada página véu delicado
e que será o seu universo

solidão foi preso
Maria Iraci Leal canta uma canção
Para facilitar de ninar choro a sua canção.

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Rafael  Merida Cruz-Lascano

 

O poeta chorou!

Recolhido ao badalar das nove horas
Em que o sol fechou o dia suave e manso
O poeta sentou e chorou em seus versos
Recolhido e ensimesmado no seu canto
Descerrou os véus negros do silêncio
Escreveu do tanto que é desconexo
A dor de amor, a dor de sentimento.

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Solidão que maltrata e a inconsciência
Das vidas sem rumo e sem nexo
Falou do homem, do bem e do mal.

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Sobre a natureza dos elementos
Sobre a integridade e o que é vital
Da heresia que viceja nos intelectos
Que prostra e esmaga o semelhante
Das atitudes, dos atos tão incoerentes.

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Não fez poesia apenas deixou seu pranto
Ao recordar escorrendo sobre o papel
Chorou os beijos e abraços do seu amante
As noites enluaradas e os encontros
Que se foram... Para todo o sempre
Não pode dormir o sono dos justos
Recolhido ao badalar das nove horas
O poeta sentou e chorou em seus versos!

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María Iraci Lea

Porto Alegre, Rio Grande do Sul

Brasil Brasil.