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Orla do ser

Desalento empurrado, dado viciado, Caído na orla do ser, vazio na hora de ter, Eu rolo sem rumo, tabuleiro estragado, Destino ignorado, sem planta para ver.
ofereceram pilhas de livros e razões sem nunca interiorizar o que aí achei, palavras polissilábicas, estruturas, só palha seca, cinzas e agruras.
Seco só e sem palavras ardidas,  A casa antiga de mim enfim desabou, os saltos altos das mulheres na rua, choque, ruído e o nada que sobrou.
Só a dor traz sentido ao meu desalento. Só a teimosia provem ao meu sustento.
O vento quente com sabor a chamas,  a cinzas, afinal como me chamas?