Numa noite de luar, ergueu-se.
Levantou a cabeça, zénith.
Olhou para o chão plantado: nadir
Sentiu-se humano e pequeno,
Produto do mar sereno
Aonde estivera a pescar.
A terra já conquistada,
Fazia sentido voltar,
Mergulhar no mar salgado,
a casa lá pra trás das costas,
a ética, a engenharia, caso julgado.
Para o cárcere não iria,
Essa decisão tomara.
Como um filho de volta a casa,
Pensativo, distraido do mar
Fecharia o seu dia em alegria,
Decidido, de si mesmo se iria.
Refletem as estrelas à noite no cais.
Opções tecidas às costas verticais
E ele pra lá das boias a nadar adiante.
O velho mar cuidará dele num instante.
Assim se foi a nadar quem não aceitou mais.