No verão que corre, encapsulo
A res extensa num envelope.
Essa que tem aumentado, gorda e balofa, sem qualquer propósito.
Quanto aos restos de mim que insistem em outrar-se
porque não, por entre os choupos da margem, bem alinhados,
porque não escapam e se incorporam nas trutas espertas escondidas,
espremidas entre uma rocha e o fundo, barbatanamente ativas.
Modos de nos ocultarmos...
Ocultação e mistificação,
disfarce sem emoção.
Outro-me num tempo desusado
Um tempo invisitado de seres físicos ou psícológicos.
Outro-me e escondo-me de mim.
Numa hora a mais,
como os prédios que tem um piso acrescentado...
Andar que verdadeiramente
não està lá,
enquanto esses trinta minutos
rodarem à volta de um eixo
esquecido, por desleixo, da sua altaneira figura,
sem acharem a meia hora que os fará um escape uno,
durante esse tempo tudo é possível.
Uma hora escondida na azáfama da vida dos outros,
uma hora nossa.
Ilusões de tempo de esconde esconde.