A ravina cinzenta, 30º inclinada,
De vários tocos de árvore apinhada
Não entende, não retruca nada
Quando à sorte é pressionada.
Ravina inverbial, attitudinal,
A tua resposta é desconexa
Apresentada nas árvores
De lento crescer expressa
Ritmo como tempo de rag time
Ritmo não coincidente
Que só por fortuito acidente
Se revela coerente
Batida feita comprida
Com o baixo bem insistente.
Há sempre uma batida presente
No fado da vida da gente
Há sempre uma ravina presente
Um amor com agrura, ausente
Meninas e meninos ausentes
Essa ravina, determinados, sobem
Encosta de altas alegrias
Tanto sobem quanto alcançam
Um dia a encosta acorda ravina
A vida, de crus, desatina
Imagina então porquê,
Ou cedo se descortina?