Os raios verdes iluminam as algas,
Rasgados, coloridos, fazem saber
A profundidade, bonitos harmónicos
São tónicos para a fobia que nos acomete.
Nas plataformas a vida é sadia
Entenda-se cruel de dia para dia.
Mais ainda contando o pescador,
A poluição decadente, evidência.
Só queremos o pescado na mesa
A la plancha, bem temperado
Cortado aqui e ali, enrolado
Batata cebola e alface, pimento.
Se não é anseio meu escrever
O texto acima, responder deveria
Porque metalinguistica razão tracejo
Os escritos abaixo que justficariam
Estas linhas sem motivo. E contudo com compulsão,
Os torrões descaminhados
Da terra onde se vive
então se pega mão cheia,
refletidamente se atira
para o húmus que aguarda os nossos sentimentos,
uma mão de terra alongada onde o coração já não pulsa.
Lá em cima a luz penetra nas águas
Ilumina meia sina, um destino cá no ar,
outro livre arbítrio a nadar.