AS FLORES…
DO NEGRO ALCATRÃO
Espantado, agachei-me para apanhar,
A linda flor que no negro alcatrão estava a nascer,
Mas parei, pois uma vozita interior me dizia p’ra parar,
E também… que uma tal coisa eu não deveria fazer.
E mais me disse… que ela ali tinha ido parar,
Pois o destino, ao vento pediu para as sementes espalhar,
Ajudando assim a florir de novo o que o homem mudou…
Porque esta sociedade, que tem os campos abandonados,
Trouxe o homem p’rás cidades para lá ficarem entaipados,
Entre os monstros de betão, que ele próprio inventou.
E hoje, para lhes criar uma falsa ilusão,
As luzes e plantas artificiais são a sua nova invenção,
Para serem felizes, e até nem protestar…
Mas as crianças, Senhor, não são disso as culpadas,
Por isso, as sementes tem vindo a ser espalhadas,
P’ra trazerem a beleza, onde só a tristeza está lá a morar.
(J. Carlos – Agosto 2013)
… e a minha alma ficou feliz ao ver este vídeo que alguém lhe enviou.
http://www.youtube.com/embed/v56VNOVhpoU