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Retorno

Retorno

 

Estrada frustrada sonhada cortada,

uma ponte ferrugenta partida de lado

pendurado um transporte

e o cheiro do combustível,

misturado com o da morte,


a que já tinha sido e a que me aguardava serenamente


e dizia de mim para ela eu te procuro faz tanto tempo nesta terra desolada abraça-me

e faz com que a partida decidida seja leve sabendo que acusado de traição

como assim foi minha soma

neste inferno lusitano que desconheço por ser aqui a minha pena

e não terra, e envio uma coisa nunca será outra.


Assim foi deslizando, acabou espetado num ferro, os intestinos de fora, desvairado de dor.

A morte pediu-lhe para esperar que urgente assunto o chamava.


Desmaiou e logo morreu.


Eram muitos espetados em ferros dolorosos e ouviram antes de falecer que vinganças DEUS chama-a a ele e diz a vingança é minha.


O trabalho dele é matar os morituri, então estes morrem por mexer com a vida do outro que me veio procurar para o ajudar.


Agora eu vos ajudo a largar a vida

e encontrar o lugar que aquele que perseguiram

escolheu em vosso lugar,

em troca das vossas perseguições..


Malditos sejais.

E, gritando muito, todos morreram de novo.

Ao vento que soprava a morte provou dois dos falecidos com a unha esverdeada,


abriu as assas amarelo marfim e voou para se esquecer da maldade do mundo.

Malditos sejam, repetiu.


Então, gritos foram ouvidos dos corpos desventrados, grotescos apelos.

Depois um cansado silêncio

deslizou sobre o vale.