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Mostra

 

Os caminhos daquela terra, na primavera, eram escorregadios.

Passadas seguras e passadas tremidas eram sempre vadios,

Procuravam o que não deviam, torciam por quem não merecia

Encontravam motivos em qualquer ato da natural atividade

Para explicarem velhacarias e bruxedos, atos contra a fé.

Ao acusado só lhe restava dar no pé a tempo, com agilidade,

Ou acabava trucidado de uma ou outra forma magoado de vez.

 

Exatamente um conto da atualidade, das mundanas cidades

Das empresas insondáveis, crianças treinadas em ver verdades

 

E da arte que deve espelhar a decadência da sociedade

Mas que quando mostra há sempre uma ala psiquiátrica

Onde como atividade se esculpe, se pinta, se engrava

Ali se contendo o que podia alastrar tido como verdade

 

Conforme-se com a visão dominante, devolva a visão que recebeu,

Crie como aprendeu que era lícito e agradeça o que Deus lhe deu.