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Mundo invisível

 

Perfídias não são crediveis nesta terra abençoada

 

Onde se constroem famílias de nome e renomados feitos.

 

 

Humano é recolher ao quarto interno por causa da trovoada,

 

Essa que ruge sobre as nossas cabeças e pôe brancos os pelos do peito.

 

É uma no cravo e outra na ferradura, é o chicote e a cenoura,

 

E cuidado, é um olho no gato e outro no peixe.

 

 

 

Desta lingua que se extraem estas linhas o intento não encontra seu apoio

 

Para se lançar em volteios que alguma novidade, para nosso espanto,

 

Justifiquem a leitura.

 

 

 

A vacuidade é a alma dentro de uma pucara sem ar para respirar

 

Reduzindo-se ao seu mais ínfimo tamanho, calada, emudecida

 

Sem se distinguir que é o dono, a marca do autor, a côr da dor.

 

Percorrem-se lá fora sendas virgens de humana pegada

 

E ora esta pucara encerrada, a chispa quase apagada

 

Procura comunicar o motivo ignorado, não sabe se falta,

 

Se se cravam no braço as garras geladas de escuridão

 

Gradualmente a perceção se interioriza, encolhe o mundo.

 

 

E a alma ensimesmada, não sabendo e é cega, procura sem encontar,

 

Até que um vento soprado, batido, venha para de um golpe a levar.