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Ainda hoje

 

Ainda Hoje

 

Hoje é o dia de amanhã, feito ontem

pela sucessão dos solstícios, e comícios

não estão mais na moda,

vistos como desordem,

resumem-se a certas paradas,

a Gay mais pitoresca e simpática.

 

Este dia é do santo e mártir Valentim,

que por amor ao amor disse sim ao fim.

Enledados em iludidos é para sempre,

o arredondado da linha de fecundo ventre

fundamenta a situação embelezada

por poetas e senhoras que desejam

tenham outros o nosso carinho escapado,

sejam feitos o bem e assim Valentim celebrado.

 

Ó coitado do Santo lá pendurado, santidade 

e beatificação, S Judas Tadeu em prol da verdade

sonhada no sofrimento do desejo de salvação.

Parte da gente esta distinta emoção,

que se ensina aos infantes para passar em frente a civilização.

 

Que é o que nos resta, mas não o que nos distingue

dos orangotangos, homens da floresta corrompidos

pela cegueira e ambição hoje  misturadas por horrores.

 

Mortais pecados há múltiplos, no Corão,

na Tora e no Talmud, nas 99 proposições,

o Taoismo não engrossa como S. Valentim,

ai de mim que escasso é  microsegundo

Mesmo não querendo conquistar mundo.