LUXÚRIA
Quero teu corpo em meu corpo,
Embebidos nos suores da paixão
Pela dança frenética dos amores,
Cadenciada pelos acordes da insensatez.
Quero na tua boca saciar
A sede de meus desejos.
Usar tua língua como chama
Para queimar o que me resta de razão.
Quero transformar teus túrgidos seios
No cálice divino do amor,
Onde sorverei até a última gota
Deste vinho embriagador.
Quero viajar em tuas entranhas,
Deslizar nas sinuosidades de tuas curvas,
Perder-me nas fronteiras da loucura,
Para nunca mais me encontrar.