Pássaros livres
Dos meus pensamentos
Seus cantares preenchem
Todos os espaços
Voam soberanos
Das gaiolas libertos
Nos traços e versos
Que todo dia faço
Pássaros livres
Soberanas asas
Estrofes soltas
No infinito incerto
Cantar alegre
De um mundo triste
Vôos vagabundos
Em horizonte aberto
Pássaros livres
De sinas ausentes
Quanta inveja causam
Aos de cantar cativo
O trinar sustenta
Pensamentos livres
Não se impõem regras
Ao cantar nativo
Pássaros livres
Do meu coração
Voejar de sonhos
Que me conduz
Alegre aurora
Dos pássaros libertos
Que com seus cantares
Despertam à luz
Pássaros livres
Trinam seus cantos
Nos límpidos ocasos
Depois das tormentas
Marcam seus gestos
Em soberanos vôos
Semeando flores
Entre planetas
Pássaros livres
Na minha origem
Soltos de minha’alma
N’um azul céu anil
Seguirão voando
No rastro de um cometa
Para alcançá-lo
N’um poema de abril
Pássaros livres
Do meu pensar
Que o cantar alegre
A tristeza afasta
Pensamento vivo
Ao sentir-se livre
Que p’ra ser livre
Só voar não basta