carminha nieves

LEIS JUSTAS PRECISAM-SE

       

 

 

Mesmo que inventem mais leis, nunca serão justas.

Se a de Deus por vezes falha, que esperamos das dos homens?

Hoje a lei é o raciocínio de um juiz. Um só homem, dita o certo e errado, sem prática dos factos que julga. Justiça é o que somos, na inocência do que fazemos, na maldade com que testemunhamos, na leveza vil da mentira.

Labirinto de opiniões, de escapatórias, de artigos sobre artigos nos códigos jurídicos., que são um emaranhado de sobreposições, para haver escapatórias se culpa para quem devia ser condenado e vice-versa.

Penso que a maior parte dos juristas, sentem que mão estão contentes, pois sabem que depende do juiz o veredicto final.

De mim sou juiz, tribunal, acusação e defensora. Acredito e sei o que sou e como sou.

Julgamento, faço ao fim do dia ao meu comportamento. Nunca justifico se errei. Somente tento não voltar a errar.

Queria justiça para todos. Flexível nas variadas vertentes, cada caso é um caso, embora pareçam iguais são diferentes.

Eu escrevo mal mas tento o impossível para que me entendam. As leis estão bem escritas, mas ninguém as entende.

São gritantes os erros interpretativos, os juízes aceitam testemunhos forjados por advogados de defesa e acusação. Eles sabem que no olhar está a verdade, bastava um pouco mais de atenção. Eram evitáveis tantos julgamentos se houvesse um gabinete de acareação entre as partes litigiosas. Não me refiro a crimes onde tiram vidas, a violência testemunhada por várias pessoas, onde as marcas são visíveis, mas entre muitas coisas, à violência psíquica, ao desgaste insano dos mais débeis. Aos que trabalharam toda a vida e acabam abandonados. À exigência de quem nunca fez nada e diz “ é tudo meu”. Não há estatísticas, mas devia haver de tantos idosos, que são e foram despojados do que por direito se houvesse justiça teriam um final de vida melhor.

Não se confunda a menor idade com a terceira. Só que as duas tinham que ter direitos iguais. A começar pelos seguros de saúde, a uma criança oferecem tudo, a um idoso negam o mais elementar direito. A saúde e o atendimento sem estar em causa a idade.

 

Pobre idade que tanto pagas, sem culpa. Justiça é urgente, para eles e castigo para quem os esquece e deseja que não possam viver como querem.

Enquanto dão o que podem aos filhos e netos, são ficticiamente respeitados, mas se por infelicidade algum fica só, cai-lhe o purgatório em cima.

Conheço alguém, que não sei onde vai buscar o sorriso que dá a todos com a alma negra como os corvos que constantemente dilaceram, o que de melhor tem. Integridade, verdade e amor.

Se Eles têm algo para dar, são aceites, se nada tem de valor, é a solidão.

Pena muita pena, mas a crua realidade, está à vista de todos.

Porto 1 de Agosto de 2014

Carminha Nieves