Vontade de voar, rasgar as nuvens, pousar em árvores floridas, sentir que sou alguém na tristeza de nada ser.
Que vontade de amar diferente, de chorar de emoção, com indeléveis desejos simples de sentir emoções.
Ignorante, no meio de pensadores, de seres com sabedoria, no meio deles vivos.
Talvez seja uma nota de música misturada na melodia relaxante que me transporta a outra idade e faz de mim a negação de envelhecer.
Como pena branca e macia, planando no meio da brisa, do sentir e amar, no aconchego de alguém queria poisar e ser acolhida, Sentir o conforto de ser aceite e precisa para juntos sonhar a minha fantasia.
Quem sou eu? Tanto esfrego o chão de joelhos como sou a Senhora, serei duas pessoas numa só? Sei lá. Não entendo. Procuro incessantemente, qual delas é a verdadeira. Ou serão as duas?
Com atenção observo os outros e nada em comum encontro.
Não sinto a idade, mas reconheço-a, não a posso evitar, entristeço, não queria pensar que ocupo um lugar que não é normal.
Mas de coração aceito-o e agradeço a quem me ama. Sei que criticada sou, invejada também, mas sem culpa tenho esta dádiva e enquanto a minha jovem alma e o meu coração sem idade o queira, voarei pelo infinito do vibrar do pensamento, sem idade nem tempo.
Amo a beleza do ser no verdadeiro sentido da palavra, em folhas brancas escrevo o que sinto, já que falar não tenho com quem sobre o meu sentir.
Momento feliz em que sendo eu, consigo explanar o que sou na verdade.
Levanto o olhar e detenho-o na jarra de flores e gosto. Há algo nele que tem um pouco de mim. Artificias mas com beleza e suaves cores como eu.
Agora é tempo de baixar à terra e ser a normal dona de casa. Mas com uma louca esperança de que um dia me entendam.
Quero tanta coisa! Simples e fáceis, somente ser como sou e sentir momentos como este e ser feliz. Valem a força de viver.
Porto 17 de Novembro de 2014
Carminha Nieves