carminhanieves

INCOERÊNCIAS

 

 

Retalhos sem coerência para ler e criticar, elogio e critica são inseparáveis.

Ambos são essenciais para obrigar à reflexão. E aprendo muito vejo os meus erros e agradeço.

Não mudarei a minha maneira de escrever nem como penso. Nem tentarei ser mais ou menos aceite.

Mesmo em estado inerte perante o inevitável, impotente para poder ajudar quem precisa, seja de saúde, monetário ou somente fingir que sou incólume ao sofrimento alheio, nunca me entenderiam. Pois não choro, nem mostro o tremendo tormento que vivo em certos momentos.

Por algum tempo, escrevi muito pouco. Paralisei a vontade de desabafar. Com muito custo, mas consegui. Os outros nada podem fazer e não valia a pena pois cada um tem os seus momentos tristes, aflitivos ou calmos. Obrigatoriamente tenho o dever de não importunar a quem longe nem se lembra quase de mim.

Sou uma mais entre milhões, sou eu e somente eu. Todo o resto é momentâneo. O duradouro já era, hoje não existe.

O sorriso que antes nos ofereciam como sinal de amizade e carinho, hoje, não é acompanhado pelo olhar. Este é frio indiferente e vazio.

O que diz a boca, não sente o coração. Entendo e não me ofendo. Entristece um pouco, mas é o que há.

Alguém será diferente e sei-o bem.

Mas, sinto que não devo nem quero ser criticada por lamentar-me, pois para muitos não tenho o direito de o fazer.

Amores que partiram, braços amigos, olhares leais, amizades sinceras, corações feitos de sentimentos, nunca mais os terei. Somente no pensamento, nas recordações que me ajudam na solidão que me acompanha sempre,

Devo ser muito complicada, para que poucos me entendam e saibam como sou.

Insignificância numa vida incompleta, sou o nada que quis ser alguém, amada querida desejada e precisa como companhia.

Não pôde ser assim, assim seja por vontade de Deus. Agradeço na mesma o ter vivido e ter tido momentos quase felizes.

Porto, 28 e Abril de 2017

Carminha Nieves