A COLINA DOURADA
Colina dourada, no verde da esperança.
Caminhos rosa de pétalas desfolhadas na juventude.
Corações gravados nas pedras brancas da inocência.
Num lugar sem nome, sem saber onde, estou lá.
De mil perfumes eternos, docemente a criança brinca com pérolas do colar do seu futuro.
Pensamento vazio, sem medos nem discernimento. É ela, mas nem se dá conta que vai crescer se descer da colina. Cardos, espinhos, dor, temores, ferirão a sua pele suave e doce.
Voltei á colina lá fiquei. A pele com cicatrizes continua suave e continuo a brincar com as perolas. O resto não importa. Fechei os olhos ao mundo, esqueci onde andei e quem fez parte da minha vida. Só eu e Deus e mais ninguém, pois o resto ou o todo, fui pura ilusão. Se desço de vez em quando, faço de conta que sou igual aos demais e sou alegre, bem-disposta, boa companhia e sinto que dei momentos agradáveis a todos.
E volto a subir pelo caminho rosado de pétalas rosa e medito no que vi, ouvi e senti.
No silencio da noite vazia imagino estrelas brilhantes e pouco mais. Opacidade no leve contorno dos prédios, ruido de um carro a passar na estrada e eu não penso em nada e em tudo penso, é indomável este alerta constante de querer saber e compreender a minha vida.
Para muitos, tenho tudo. Sou bafejada pela sorte, mas a realidade, é muito diferente. Sou um nada. Mesmo meu só tenho a colina dourada, que a custo consegui subir e sentir que sou alguém.
Porto,19/6/2019
Carminha Nieves
A COLINA DOURADA
Colina dourada, no verde da esperança.
Caminhos rosa de pétalas desfolhadas na juventude.
Corações gravados nas pedras brancas da inocência.
Num lugar sem nome, sem saber onde, estou lá.
De mil perfumes eternos, docemente a criança brinca com pérolas do colar do seu futuro.
Pensamento vazio, sem medos nem discernimento. É ela, mas nem se dá conta que vai crescer se descer da colina. Cardos, espinhos, dor, temores, ferirão a sua pele suave e doce.
Voltei á colina lá fiquei. A pele com cicatrizes continua suave e continuo a brincar com as perolas. O resto não importa. Fechei os olhos ao mundo, esqueci onde andei e quem fez parte da minha vida. Só eu e Deus e mais ninguém, pois o resto ou o todo, fui pura ilusão. Se desço de vez em quando, faço de conta que sou igual aos demais e sou alegre, bem-disposta, boa companhia e sinto que dei momentos agradáveis a todos.
E volto a subir pelo caminho rosado de pétalas rosa e medito no que vi, ouvi e senti.
No silencio da noite vazia imagino estrelas brilhantes e pouco mais. Opacidade no leve contorno dos prédios, ruido de um carro a passar na estrada e eu não penso em nada e em tudo penso, é indomável este alerta constante de querer saber e compreender a minha vida.
Para muitos, tenho tudo. Sou bafejada pela sorte, mas a realidade, é muito diferente. Sou um nada. Mesmo meu só tenho a colina dourada, que a custo consegui subir e sentir que sou alguém.
Porto,19/6/2019
Carminha Nieves