Por muito que façam, que tentem acabar com a minha boa disposição, não o irão conseguir.
Quando partir, quem comigo conviveu, de certeza que me recordarão como alegre, diferente, imprevisível, engraçada e boa companhia.
Gosto de oferecer coisas, solta de pensar se merecem. É um direto meu. Sempre atenta ao que se passa, vislumbro no futuro as consequências do que de mal se faz no presente.
Pobre ou rico, é igual. Menos na educação, detesto a falta de respeito.
Mal dispostos, calados, hipócritas, falsos, mentirosos. E mais coisas.
Mas sempre disse que nunca afetaria a minha maneira de ser.
E assim leve e confortável, vejo inveja em quem tem maldade.
Viver tem o tempo contado e é muito curto. Se Deus mo deu tenho obrigação de o viver. Mesmo que alguns não consigam entender.
Já ocuparam a minha casa, saí, já me insultaram, não respondi. Já me acusaram de milhentas coisas, algumas bem feias. Não retorqui.
Eu sou eu. E gosto de ser como sou. Sou libre, não admito a ninguém que me proíba seja o que for. Os governantes que façam um exame de consciência e que se proíbam a eles.
Tapar o sol com peneira é inútil. Queiram ou não ninguém manda na natureza, forças imensas, podem mais que estes analfabetos que julgam ser muito inteligentes e sabichões. Com a maior exigência, vivo, ninguém me pode acusar de usurpar o que não me pertence. Ter o meu lugar por muito apertado que seja, não invado ou incomodo ninguém.
Sou tudo isto e muito mais. E gosto. Diferente, mas educada. Defensora da justiça, não a que se faz em tribunais, a que infelizmente muitos não conhecem.
Este é o meu estado de alma, é bom.
Amo muito, muita coisa, amo sem saber o quê, amo o sol que me aquece, o vento que brinca com o cabelo, o frio que me gela e o calor do conforto da minha casa, em que vivo, por favor.
Um abraço apertado, um beijo roubado para que ninguém veja, um olhar meigo e doce, um sorriso só para mim e amo a vida com dores com momentos atrozes, amo-a no seu todo.
Porto, 25desetembro de 2019
Carminha Nieves