“Sensata Utopia”
Deixo o absoluto concreto
esqueço o insensato real
me lanço ao sonho sem nexo...
Atravesso o ilimitado
descarto o improvável
beijo a alienação
Minhas asas são
a supremacia da vontade
meu eu em liberdade
Já não tenho forma
muito menos norma
o incábivel já não me vale
Fique meu corpo na Terra
entre as areias da submissão
Minh’alma vai ao Cosmos
sem estrada nem direção
Deitar numa nuvem cor de rosa
planar o impossível e inimaginável
Ser apenas um átomo que se move
dança canta e ri na nebulosa
desvenda o livro das origens
conhece o mistério das Orbes!
Maria Iraci Leal - POA-RS-Brasil - 16/07/10