A nova Biblioteca de Alexandria está numa arquitetura
de tirar o fôlego. Em frente, o mar de tantas lutas, quedas
de impérios, civilizações com os punhos em riste, naufrágios,
raptos e envenenamentos, a carne entre a lança e a espada
deuses em confronto, adendos e tréplicas, os barcos
sem tecerem trégua; eis o passado, mas, falando em mar,
melhor é uma peixada, não o salário
de chegar vencido em seu tempo de encantamento.
Eis a feira, o beco, o suor em vão, o cão do vizinho, a insônia
e o infarto - cada qual com sua farda, pelo que Satã diz
que é preciso estar atento, o amanhã não tarda,
virá como o fabulário geral de uma conhecida civilização.
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