Lá estávamos nós
Desenhados num coração
Como tatuagem de árvore
Nomes gravados,
Eternamente enamorados...
A árvore cresceu
Nuvens acolheram seus ramos
Num abraço, leram - nos
Comovidas por tanto amor
Choraram copiosamente
Regando a terra
Decepcionadas por saberem
Que o amor de outrora
Não resistira ao tempo
E agora não passa
De um coração riscado
Naquela árvore
Testemunha e cúmplice
Do amor que nasceu
Mas não sobreviveu
Ao desencanto e à desilusão
Da realidade que existe
Do lado de fora daquele coração.
Edla Marinho
03/09/2013