Edla marinho

SEM EXPLICAÇÃO

SEM EXPLICADO

 

Não tem tempo ou idade

É o caminho a seguir, sem deixar vestígios, sem um abraço

Eu ando sem destino, sem direção

É uma nota de despedida, esperamos em partida

Não é medido em distância ou espaço

Ela é tudo, afinal, ela não pode ser decifrada

É céu sem estrelas, o seresteiro querendo tê-las

É lua apaixonada... desesperada

Nas asas do vento, é passarinho sem niinho, voando sozinho

Ele ou cheiro não perdeu horizonte em busca da alma perdida, em solidariedade

E abraçar ou infinito, um desejo abençoado, e concordar sem emoção

Tenho medo de concordar ou não querer dormir, continuar existindo

Coração de cabelo de palavra inventada

Não é conjugado, não é um verbo, mas é a melhor ação

Aberto ou peito de um jeito, puxando para respirar

Não é soma, não estamos divididos

Não é teorema... não é resolvido na equação

É lembrança, quase esperança

Ao mesmo tempo, é um esboço próprio e querendo viver momentos

transformados no passado recente ou nos tempos antigos

Pesadelo que vira a noite inteira feito espanto

Mata alguns, mas é o que alimenta e dá vida à eternidade da ilusão

Não é uma palavra, é sentimento, contente em sofrer

Não há verso capaz de formatar uma definição para esse dor que só cure com uma presença

de quem estivera ausente

Mais de volta ao fazedor quando a ausência se torna, de novo, presente

Em tantas linhas tentando explicar

Versos fiz em vao,

Saudade não tem explicação! _________________________________