desnuda em lúbrica fogueira e cio
tua saliva adoça a minha boca
tua língua valsando a minha toca
e da cabeça aos pés sinto arrepio.
já não és o teu corpo és o meu rio
a foz onde meu sémen desemboca
num estertor de sangue e em valsa louca
entro em delíquio até ficar vazio…
no arrepio da pele existe o fogo
que deixa uma centelha de calor
nos lençóis maculados de suor.
nesta lubricidade e louco jogo
afasto as tuas coxas o estuário
onde ereto me adentro em teu sacrário.
soneto decassílabo publicado em “Coletânea Intimista - erotismo e sensualidade” , 2023, pág 46, da editora In-Finita Livros.