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“... E vi um novo céu e uma nova terra. Porque já o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existia.” (Apocalipse, XXI : 1)
... Ainda há pouco ouviram
(os que se debatiam, agonizantes em meio aos escombros),
grande explosão nas nuvens.
Depois, a sucessão interminável
de estrépitos menores no solo em estertores.
Da mais temida tempestade
as derradeiras luzes
vergastam, vigorosamente,
a crosta planetária.
Exibem para os sóis na Imensidade
o horror do grande ocaso,
o imenso caos.
Por fim, instaura-se, lenta,
a mais negra e pesada das noites.
Frio terrível.
Estranhos odores
alastram-se aos uivos do vento da morte.
Assim,
a interstícios,
domina
o silêncio.
Absoluto.
Não mais o pulsar do tempo.
Nem uma luz peregrina
no imenso e profundo abismo
que os mais aptos
filhos da vida
chamavam de Terra...
22 de abril de 2012 (DIA MUNDIAL DA TERRA)
(Da coletânea "Estado de Espírito")
- Autor: Sergio de Sersank (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 22 de abril de 2012 a las 01:28
- Comentario del autor sobre el poema: Comemora-se na data de hoje, 22 de abril, o DIA MUNDIAL DA TERRA. A efeméride foi proposta pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970 e tem por finalidade "criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra". O poema APOCALIPSE, é a minha modesta contribuição para uma reflexão sobre o maravilhoso mundo que habitamos, a beleza incomensurável da vida e nossa sublime destinação cósmica. Seríamos tão estúpidos a ponto de destruir a casa em que habitamos?
- Categoría: Reflexión
- Lecturas: 1069
- Usuarios favoritos de este poema: El Hombre de la Rosa, Rocío V-P.
Comentarios2
O fim dos tempos, prazer em bela poesia.
Saudações de amizade e carinho
Obrigado, amigo poeta.
Tenha um bom domingo.
Abraço!
Sergio de Sersank
Londrina (PR) – Brazil
Bellos y sonoros versos.
Un saludo desde Galicia
Dolores,
Alegra-me saber que tenhas gostado do poema.
Bj!
Sergio de Sersank
Londrina (PR) - Brazil
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