Esse que traz na carne,
da luta pelo pão
as fundas cicatrizes,
não sabe dessas crises
de novo anunciadas
que afetam-lhe, de muito:
as crises inventadas.
Quer mais que essa liberdade
de dormir, de encher a cara,
de ir e vir, sem compromisso,
de cantar uma canção.
Quer mais que esse tosco circo
em que se ri, sem razão.
Mas, nada diz. Não o comove
ver ao alto embandeiradas
as esperanças do povo
em épocas de eleição.
Suporta, pois, em silêncio,
mágoas nunca mitigadas.
E segue. É trabalhador.
Que outra coisa, ele faria?
Ausculta, assim, sua dor
na dor furiosa dos martelos
e foices do dia-a-dia.
Esse que traz na carne,
sem honra, tais cicatrizes,
não sabe falar de crises.
Se soubesse, gritaria.
(Da coletânea "Estado de Espírito", de Sergio de Sersank)
Visite o blog “Estado de Espírito”
http://sersank.blogspot.com
- Autor: Sergio de Sersank (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 2 de mayo de 2012 a las 00:47
- Comentario del autor sobre el poema: Meu poema para este 1º de maio - DIA DO TRABALHADOR
- Categoría: Reflexión
- Lecturas: 43
- Usuarios favoritos de este poema: El Hombre de la Rosa
Comentarios5
Hermoso desde Uruguay un placer leerte
Gracias, mi joven poeta uruguajo.
Abrazo,
Sergio de Sersank
Gracias, hermano poeta!
Abrazo de
Sergio de Sersank
VAN SIENDO ENGAÑADOS,
LA GENTE QUE SUFRE POR EL PAN,
Y AUN SIGUEN TENIENDO,
"...ESPERANZAS EN TIEMPO DE ELECCIONES...";
BENDICIONES AMIGO
Obrigado, amigo poeta Jolubor.
Grande abraço,
Sergio de Sersank
UN HERMOS POEMA EN PORTUGUES DE AMOR Y ENTREGA
SALUDOS
Gracias, poeta!
O poema reporta-se à imensa legião dos miseráveis trabalhadores que enriqueceram e continuam enriquecendo, à custa de seus sacrifícios, e sem remuneração justa, a maioria dos países.
PAÍS DESENVOLVIDO É PAÍS SEM POBREZA.
Abraço,
Sergio de Sersank
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