Que inveja do jardineiro!
Quão terna é a vida que tem!
Dia a dia, o ano inteiro,
nunca uma queixa de alguém.
Velhinho, já sem saúde,
sempre com solicitude,
dos seus canteiros de flores
ao nosso encontro ele vem.
Tem lá consigo suas dores,
quem é que, enfim, não as tem?
Todavia, por mais graves,
guarda-as sob sete chaves,
não as revela a ninguém.
Ele sabe: a vida é breve
e é só o amor que a sustém.
Não se escraviza ao dinheiro
e dos vícios se abstém.
Assim, no seu passo leve,
me vai mostrar um canteiro.
Inveja-me o jardineiro.
Quão terna é a vida que tem!
(Da coletânea "Estado de Espírito" de Sergio de Sersank)
- Autor: Sergio de Sersank (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 6 de mayo de 2012 a las 16:29
- Categoría: Sin clasificar
- Lecturas: 40
- Usuarios favoritos de este poema: PoetaTriste
Comentarios3
Hola muy bello Poema que placer leerte,
el escrito está bello me ha gustado mucho
te mando un fuerte abrazo para ti
Un Cálido abrazo me alegra pasar por aquí
Cuidate mucho Paz
Gracias. Usted es siempre bienvenido.
Abrazo!
"Pretendo que a poesia tenha a virtude de, em meio ao sofrimento e o desamparo, acender uma luz qualquer, uma luz que não nos é dada, que não desce dos céus, mas que nasce das mãos e do espírito dos homens."
(Ferreira Gullar in "Todo Poesia" com "Muitas Vozes")
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