Desorientada, na encruzilhada da vida, saudades de que quis e não tive, tristeza sem saber a causa, angustia ferrada no coração, sem rumo, sem sentido, vagueio na memoria do nada e do tudo. Pobreza rica, de ser o que não sou, de tanto esperar sem conseguir. Milhares de dias e horas, vazias, noites com falso sono, ao meu redor, não tenho nada, só solidão, que magoa e me limita a ser algo que pensei ser, tudo é silêncio, dor sem ferida, sede sem ter agua, fome de sentir que sou mais que uma identidade com data de nascimento. Brilhe o sol, chova mansamente, oiça o chilrear dos pássaros, inunde o meu olhar com belos ocasos, veja o nascer do dia, tudo me deixa indiferente. Quando não tenho nada que espere por mim, nem que seja um animal faminto esperando que lhe de comida, pergunto, que faço aqui? Nada, simplesmente nada, vazia, oca, sem desejar nada, sem ter algo que me dê alento, para ter um impulso, vegeto. Só, amo, só, choro, só, abraço-me, comigo falo e respondo, somente eu e a solidão.
Por um abraço, um carinho, uma palavra, um olhar de amor, andaria sem parar por todas as encruzilhadas, nem que em ferida ficassem meus pés. Nesta vida tudo é momentos, nada é para sempre o que de bom contém. Só a saudade, de tudo que nos fez sorrir, sentir felicidade fica, como espinha de um ramo de rosas que tivemos dado por alguém que amamos.
No silêncio, penso como seria se tivesse tido outro destino, além de dar e nada receber.
Sem ser, sem nada, tudo pude ter, passou por mim, mas não me dei conta e não o agarrei.
Foi-se o tempo, fiquei, agora, espero, somente espero, que não esteja a sonhar e acorde deste sonho que durmo, sem pedir.
Como tudo são momentos, infelizmente só momentos.
Como era bom que fosse permanente, o bem-estar que tenho, quando ao fim do dia, vens e me abraças! Custam a passar os dias, neste não ter ninguém, obrigada a nada ser somente uma espera, dos meus momentos fugazes de paz e felicidade.
Sou alguém, que não sou, vivo sem viver, vento frio da madrugada, que nunca aquece mesmo com o sol, do teu olhar.
Sem lugar, sem casa, sem um cantinho aconchegado para que o meu coração possa repousar, sem sobressaltos sou o meu tempo, a minha juventude, a minha infância, o ocaso da minha vida. Tudo sou. No silêncio de uma casa vazia, onde te espero à noitinha, para me abrigar nos teus braços. De uma vida inteira, somente restas tu e é só um momento.
1 de Fevereiro de 2013
CarminhaNieves
- Autor: secreet50 (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 1 de febrero de 2013 a las 10:10
- Categoría: Reflexión
- Lecturas: 197
- Usuarios favoritos de este poema: Trovador de Sueños ...y realidades., ADOLFO CESAR MARCELLO, El Hombre de la Rosa
Comentarios3
Solo bastas tu y solo un momento... Exquisitez de letras de vida, mi querida y dulce amiga... Siempre encantado de leerte.
Cálido abrazo, que tengas un lindo y placentero, fin de semana...
Carlos, gracias por todo lo que me escribes. Mucha suerte y que puedas disfrutar la vida mejor que ahora.
Un abrazo con amistad
Carminha Nieves
El silencio de los momentos vividos en tu hermosa prosa amiga Carmina Nieves
Saludos
Gracias, por tus palabras, quedo feliz por haberes entendido el portugues.
Cambiar no hace mal e yo nunca hago igual las cosas.
Perdona mi atrevimiento.
Un abrazo con amistad
De tristeza, por no ser solo una lágrima ya cási seca e si una sonrrisa de esperança, para los que no me aceptan, pido perdón, pero tengo mis derechos de ser un poco feliz e espero que por mucho tiempo.
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