Perfídias não são crediveis nesta terra abençoada
Onde se constroem famílias de nome e renomados feitos.
Humano é recolher ao quarto interno por causa da trovoada,
Essa que ruge sobre as nossas cabeças e pôe brancos os pelos do peito.
É uma no cravo e outra na ferradura, é o chicote e a cenoura,
E cuidado, é um olho no gato e outro no peixe.
Desta lingua que se extraem estas linhas o intento não encontra seu apoio
Para se lançar em volteios que alguma novidade, para nosso espanto,
Justifiquem a leitura.
A vacuidade é a alma dentro de uma pucara sem ar para respirar
Reduzindo-se ao seu mais ínfimo tamanho, calada, emudecida
Sem se distinguir que é o dono, a marca do autor, a côr da dor.
Percorrem-se lá fora sendas virgens de humana pegada
E ora esta pucara encerrada, a chispa quase apagada
Procura comunicar o motivo ignorado, não sabe se falta,
Se se cravam no braço as garras geladas de escuridão
Gradualmente a perceção se interioriza, encolhe o mundo.
E a alma ensimesmada, não sabendo e é cega, procura sem encontar,
Até que um vento soprado, batido, venha para de um golpe a levar.
- Autor: Mera Gente (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 29 de enero de 2014 a las 09:17
- Categoría: Sin clasificar
- Lecturas: 8
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