Nesta hora farei o que desejo, buscar palavras vãs,
Inconsequentes verbetes, Tetis que me ignore.
De gente sublimada, de tristeza, dor mia eu chore
Raios e trovões refulgem, enxofre ou ozónio,
Gaea olvidou ocultar a arte da morte,
Quem destarte, perante tal, tenta a sua sorte?
Os pássaros que permanecem nas temperanias
Projetam à chuva os ninhos, ninhos é o que fazem
Cuidam da prole e estimulam o nicho da espécie.
Eu, que não sei de pássaros, admiro as feitorias
Embelezadas com penas arrancadas, ò sabedoria!
Nós os que não somos fantásticos apenas observamos,
O brilho expresso em nobres feitos ou banais atos
Todos objeto de profundo respeito e admiração.
Se falhamos alguns é por falta de atenção.
E a singela simplicidade da obra irrealizada,
Cai sobre nós, sufoca, qual lugar essa desonra nos coloca?
Lá longe ouve-se o chiar de uma engrenagem não lubrificada.
- Autor: Mera Gente (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 21 de febrero de 2014 a las 09:38
- Categoría: Infantil
- Lecturas: 35
Para poder comentar y calificar este poema, debes estar registrad@. Regístrate aquí o si ya estás registrad@, logueate aquí.