Lugar

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Há um lugar sujo onde a espiritualidade se apaga,
Há um ponto cego onde o lixo se torna invisível.
Ainda quando o sono nos arrasta, este não se afasta,
Antes nos envolve em novelos de sujidade com ética
Manipulada para pegar nas crianças e fazer métrica.

 


Como a inconsequente batida destas linhas corridas,
Mas escritas com o sangue da vida e dos interesses,
Sem ligar a meios, apela à submissão e conformação,
Chama liberdade à decadência que a arte frequentemente revela,
Pois deverá ser o espelho da sociedade na qual se empenha.

 

Contas e não contos são os critérios da sobrevivência,
E os contos são alienados numa interpretação não autêntica,
Mas que sirva às elites autoras dos passos dados por outros,
Atirados para uma existência onde até a saúde se mercantiliza
De tal modo que um ratio paira sobre o indíviduo, é a sobrevivência esperada,
Obsolescência planeada, intrincada teoria perto da ética médica,
bioética, teoria dos jogos, conceitos unidos por um arame, opinião enrolada.

 

Há um lugar onde se confundem as coisas rasgam os absolutos
Aparam os relativos, onde se lutam as batalhas arrasadas,

 

De ingénuo derramado sangue
Se enchem os vazos no horizonte
Um lugar chamado gente onde caiu
a ligação, uma biónica ponte ruiu.

 

Há um lugar fundo e triste
que sem pontes não subsiste.

Ver métrica de este poema
  • Autor: Mera Gente (Seudónimo) (Offline Offline)
  • Publicado: 16 de mayo de 2014 a las 06:05
  • Categoría: Espiritual
  • Lecturas: 30
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