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Tão vaga, sem saber, sem querer nada, vou andando. Vagueio no descanso da minha confusão. Tudo mudou sem tempo, o que era já não é. Valores morais, viraram lixo.
Vejo multidões, que por nada destroçam tudo, vandalizam, insultam. No fundo é um desespero de não ter nada para fazer, para onde ir. Tertúlias nos cafés acabaram, juventude como bando de pássaros esvoaçavam entre árvores frondosas em jardins públicos, hoje só alguns da 3ª idade, sentados gozam um pouco de sol e jogam às cartas.
Crianças com carrinhos de bebes com a boneca, desapareceram, andam a fazer de conta que são super dotados e no fundo tornam-se incomodativos, sem graça nem educação. Fazem o ridículo a fazer de conta que são cantores, actores, mas a criança que era a sua existência está morta.
Valores balofos numa sociedade em agonia, no querer ser mais que o vizinho. Esquecido o valor da Família, respeito, gratidão, modéstia, educação, caridade no sentido lato da palavra, não na esmola, pavões sem cauda, simples garnisés, que só fazem barulho. O futuro não existe é o amanhã se vier e estivermos vivos, o presente hoje não vale nada. Vírus da tecnologia que nos secou a parte humana. Tanto querem evoluir, que muito rápido entrarão em curto-circuito, se é que já não têm os fios descarnados quase roçando o contacto do positivo com o negativo. Como se um ano fosse uma década, muda tudo para pior em tempo que é tão curto que nem damos por tudo o que nos envolve.
Uma volta á noite para descontrair, onde? Cidades com montras sem luz, ruas desertam, só montes de jovens de copo na mão à porta de pequenos bares escuros, feios e desagradáveis.
A madrugada é o fim da noite e de muitas vidas em plena juventude, quando atrás de um volante, encharcados em álcool e alguns de drogas, vão para casa dos Pais que dormem descansados, sem preocupações. É moda, é a mudança, a democracia e a liberdade, que não tem deveres.
Preocupada sinto que aos poucos a democracia é de rua, como rotulam “popular”.
Será, mas doí-me a alma, ao ver que o correcto, o normal deu lugar aos impropérios, asneiras mais que palavras normais, de inverno enregeladas mas despidas as raparigas, eles com calças com o ganho pelo joelho, um ar desmazelado, figuras saídas de um filme surrealista. Hoje são os sapatos, que loucura! Não sabem andar nos monstros que inventaram, andam de lado todas torcidas, sem elegância.
Jeans com grandes buracos, calções!? Mínimos. Bons depois queixam-se de assédio sexual. Os poucos rapazes de verdade que ainda por felicidade existem, penso que nem para elas olham.
Com ar aparvalhado vejo sandálias que custam num centro comercial vulgar 400 euros, com pedras schavaroski, estamos em crise? Compram-nas com o dinheiro dos contribuintes que lhes é dado em ajudas monetárias de sociais. Ninguém até hoje disse por quanto ficam os abortos à segurança social, feitos por jovens, pelo menos entre trinta a quarenta por dia. Pois têm ajuda monetária e algumas fazem dois e três por ano.
Outros recebem subsídios e trabalham por fora sem descontar nem pagar impostos.
Isto tudo foi o que mudou e muito mais para mal do triste contribuinte e pessoas normais dentro do moderno.
Pobre Europa, sofre de alzheimer, velha, não reage a quem a obriga a fazer figuras tristes.
Por mim recolhida no meu canto, resguardada por vidro temperado e se possível a prova de bala, tento não ser tragada por tanta má educação, desrespeito e o mais importante, ser a diferença entre o bem e o mal.
Simplesmente, eu, sem sabedoria, moderna, sim, mas com respeito por mim e pelos meus Pais.
No táxi em que ia para o cabeleireiro, ao entrar na auto-estrada, uma gaivota no meio do asfalto depenicava algo. Comentei com o taxista, “coitada deve estar doente e com fome. ”Respondeu está a comer uma morta” Nesse momento exclamei, “ grande estupida”. Assim estamos nós.
Em sentido figurativo, somos iguais. Corvos a comerem despojos e nada mais do que sobrou, do antes do futuro que é hoje.
Porto 16 de Junho de 2014
Carminha Nieves
- Autor: secreet50 (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 16 de junio de 2014 a las 12:52
- Categoría: Reflexión
- Lecturas: 28
- Usuarios favoritos de este poema: Maria Isabel Velasquez
Comentarios1
QUERIDA AMIGA ME ENCANTARON TUS REFLEXIONES... LOS JÓVENES DE HOY EN DÍA LA MAYORÍA SON UNOS GROSEROS MAL EDUCADOS... RESPECTO DE LA MODA NI HABLAR... EN FIN FUE LINDO LEERTE
FELIZ FIN DE SEMANA
SALUDOS A JOAQUIN LOS QUIERO
ABRAZOS DLB
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