Pai, quem me dera ter-te junto a mim! Grande Homem foste, recto, humilde, trabalhador, acolhido por todos. Desde o mais poderoso, ao mais humilde.
Cavaste com o teu suor e desenterras-te um tesouro. Em 1930 eras milionário. Tinhas um carro vermelho descapotável. Foste presidente del Aiuntamiento em Oimbra. Mas nunca deixaste de ser, a simplicidade, embora tivesses uma inteligência enorme e uma cultura geral invejável. Papá, admirava-te, O que sou hoje foi o que consegui absorver da tua maneira de ser.
Como Tu, incompreendida, traída, invejada, mas nestes momentos lembro-me de ti.
Da tua figura imponente, dos teus olhos azuis, que tanto desejei ter. Mas incompreensivelmente sou a única da Família com cor castanha. Mais novos eram grandes imensos, ávidos para absorver tudo. Hoje um pouco cansados estão mais pequenos. Mas o cabelo é igual, fino e claro. Muito herdei de ti. Mesmo a cor rosada das palmas da mão, que vezes sem conta admirei. Mas o que mais me dá força é sentir que sou um pouco de ti.
Papá, não te posso dar um beijo sequer, sentir a tua face, mas sei que onde estás eternamente a tua filha agradecida, está no teu coração, dentro da alma imortal junto a Deus.
A minha saudade, solidão, tristeza e orgulho, enquanto viva, acompanhar-me-ão.
A filha que tem muitas saudades, um abraço terno te manda, para algures onde estejas.
Porto,19 de Março de 2015
CarminhaTorres Nieves.
- Autor: secreet50 (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 20 de marzo de 2015 a las 06:52
- Categoría: Reflexión
- Lecturas: 26
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