Fora de casa, fora de mim, não faça assim.
Não é o S. Bernardo que aligeira o fardo.
A gravidade aumenta se o peso é farpado.
Dever odiado é dever pesado, focado no fim.
Cruzes, sempre as fazemos, às vezes maiores.
Pagamos o que devemos, e não reparamos.
Nesta senda de cascalho não há agasalho,
Chove chuva negra, cai a carne dos ossos nossos,
Temos frio do coração ser roubado no peito.
Temos medo de querer e ter perdido o jeito.
Olhamos a beleza da terra e choramos por Gaia.
Sentados num longo gelado, cegos à ajuda ao lado,
Perdemos o precioso tempo, ou isso é equivocado?
Tempo de errar, de desperdiçar, cada um alienado
"Tu serás uma grande mulher", "vais cuidar do pai"
Memento mori e carpe diem, latim de vós para nós.
Nós que nos apertam , ou nos libertamos do outro,
Crítico, nos apresentamos ao parceiro amigo, outro
Lá dentro, morador da mesma alma impossível,
Inexistente e sempre presente na língua da gente.
Alma de gente sensível, um abraço devido
Sem qualquer motivo somente interesseiro,
Um abraço inteiro de gente que sai à chuva.
Agua destilada celestial que anima o corpo
E estima a acção presente no silêncio quieto
Do acordar com gosto de amanhã é hoje na boca.
"Come chocolates pequena, come chocolates"
Tempo em que bebia a poesia alheia com tempo
de Fernando nos dentes, cebolas de Neruda,
Alves ao Redor, o que um sente não faz o intento
Alheio, o meu é cantar debaixo de um céu de pedra,
Demolir os meus ídolos e ao vil metal proferir: mal te conheço.
À noite sucede o dia e amanhã acordarei outro.
Olharei da varanda que deixei (lá atrás), um mergulho?
Umas braçadas na piscina, que se não repristina,
Então, alegre e deprimido, me darei de todo vencido.
Hoje direi, Pai, fazes anos de morte ananhã,
Sonhamos juntos histórias de encantar alheias!
Direi, Pai tenho medo da mãe que me engana,
Pai, não vejo os teus netos, e tu não tens tempo
Porque acabou cedo, velho, amigo, nunca perdido.
Pai, tenho muito orgulho de um dia te ter tido,
Inteiro, de perna cruzada e olhar pensativo,
A falar das capitais e como seria ir ao Pamir,
No tempo em que gostar de tudo nos E.Unidos
Não era um erro horroroso e imbecil, só respeito.
O Saramago com os sem terra no Brasil a mil...
Escreveste ao ministro a chamar ao José escrivão!ha ha!
Um dia: elogias a escola de chicago, o Friedman, e discordamos, bom.
Fora de hora: queixo-me da mãe na nuca de ti em mim, triste, isolado.
Antes vias a metade da verdade de eu estar errado.
Pai, desculpa de não ficar no teu jazigo antigo,
Eu sou despojado e "podia ser mal influenciado",
Deitado, por baixo da mãe, e de todos, "coitados".
Aturam-me os caprichos, não têm de me enterrar Contigo.
Velho, nem te pergunto se ia ser difícil assunto.
Enough long talk, esse Glenlivet sip vai acabar.
Hei-de beber outro pró ano, ande onde eu andar!
Se estiver no inferno peço uns minutos ao interno.
Sei que tu ainda tens a tua casinha, eu é que não,
Não importa, velho malandro amanha meandro.
Tudo o de novo que há neste mundo de merda a boiar
E nada mais para a gente, alheada, conversar e discordar!
- Autor: Mera Gente (Seudónimo) ( Offline)
- Publicado: 9 de marzo de 2016 a las 17:46
- Comentario del autor sobre el poema: Simple lines about the next 13th anniversary of my pa.
- Categoría: Familia
- Lecturas: 37
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