Falta um mural na Biblioteca de Alexandria

Darlan M Cunha

A nova Biblioteca de Alexandria está numa arquitetura

de tirar o fôlego. Em frente, o mar de tantas lutas, quedas

de impérios, civilizações com os punhos em riste, naufrágios,

raptos e envenenamentos, a carne entre a lança e a espada

 

deuses em confronto, adendos e tréplicas, os barcos 

sem tecerem trégua; eis o passado, mas, falando em mar, 

melhor é uma peixada, não o salário

de chegar vencido em seu tempo de encantamento.

 

Eis a feira, o beco, o suor em vão, o cão do vizinho, a insônia

e o infarto - cada qual com sua farda, pelo que Satã diz

que é preciso estar atento, o amanhã não tarda,

virá como o fabulário geral de uma conhecida civilização.

 

@1

 

  • Autor: Darlan M Cunha (Seudónimo) (Offline Offline)
  • Publicado: 2 de julio de 2021 a las 10:10
  • Categoría: Reflexión
  • Lecturas: 23
  • Usuarios favoritos de este poema: Augusto Fleid
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